Poderão recorrer a técnicas de preservação do potencial reprodutivo pessoas que, por circunstâncias diversas, possam vir a enfrentar problemas de fertilidade no futuro:
- Pessoas com situações oncológicas ou outras doenças graves, por exemplo autoimunes, que obrigam a tratamentos (quimio/radioterapia) agressivos para as células reprodutoras;
- Pessoas com doença genética que leve à perda precoce da função ovárica, por exemplo, síndrome de Turner;
- Mulheres com necessidade de cirurgia que possa comprometer as funções ovárica e/ou uterina;
- Situações de mudança de sexo, previamente à terapêutica (hormonal / cirúrgica);
- Mulher sem projeto reprodutivo imediato que pretendam diminuir os efeitos negativos do envelhecimento no número e na qualidade dos seus ovócitos;
- Homens com ocupação associada a riscos para a reprodução ou previamente à realização de vasectomia.
A avaliação, aconselhamento e abordagem para preservação do potencial reprodutivo dependerão da situação concreta, nomeadamente clínica, da sua gravidade, emergência, tratamento e idade do/a beneficiário/a. Tal avaliação bem como a discussão sobre os riscos e opções de preservação do potencial reprodutivo poderão ser abordadas em Centros de PMA, onde será também possível realizar os diferentes procedimentos, bem como garantir o armazenamento do material biológico.